domingo, 8 de março de 2015

Dia da Mulher ...

... poderia andar por aqui a escrever sobre o Dia da Mulher. Dia que, para muitas, ainda fará bastante sentido. Porque, para muitas Mulheres, o género ainda é um fator discriminatório. Eu pessoalmente não me sinto discriminada ao ponto de fazer disso uma luta. Já passei por situações que, por ser Mulher, as coisas tomaram um rumo que, para mim, foi pouco justo e até correto. Porém, tentei não ir abaixo e levantei a cabeça e continuei na minha "caminhada".

Mas hoje, sendo o Dia da Mulher, sinto necessidade de escrever sobre a Mulher que me tornei. E, especialmente hoje, sinto-me particularmente triste. Sinto que me tornei numa Mulher longe daquilo que gostaria ou até ambicionava. Lutadora sim, mas aquém do que gostaria de ser. Independente, mas demasiadamente dependente. Pouco forte. Fraca para tomar atitudes que sei, que nua primeira fase me trariam sofrimento, mas que, a médio prazo possivelmente me devolveriam um amor próprio perdido, uma felicidade roubada e uma liberdade escondida. Submissa a palavras que ferem, a palavras pouco justas, cruéis e que nos magoam no mais profundo da nossa alma. E que ficam por ali, a tornar todos os nossos dias um pouco mais amargos.

Hoje tenho pena do que sou. Tenho pena naquilo que me tornei e naquilo que deixei que me fizessem. E sinto que, hoje, não tenho força para combater, para ir à luta e recuperar tudo aquilo que era meu por direito. Aquilo que nasceu comigo e que compõe a minha verdadeira essência. 

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Vazio amargo

... só passaram 3 dias desde aquela 6ª feira que, por um conjunto de mal entendidos, me arrancaste da tua vida, sem dó nem piedade. Apenas saíste, de rompante, sem me dares qualquer hipótese de falar, argumentar, pedir-te, ver-te, sentir-te e sentires-me ... Nem me ver quiseste.

Só passaram 3 dias e a dor que sinto é profunda e, de repente, rouba-me a respiração e sufoca-me. As lágrimas, nesses momentos são a única coisa que conseguem sair do meu corpo. De tão comprimido que anda, todo o meu sofrimento me saí, apenas em lágrimas. Das que são gordas e salgadas ... Nem gritar consigo! E precisava tanto de gritar, para te deitar cá para fora, para longe de mim.

Custa-me muito. Por tudo. Por sentir que lutei tanto, dei tanto de mim, por absolutamente nada ... Tentei conquistar-te aos poucos, tentei que gostasses de fazer parte da minha vida e tentei tanto, mas tanto fazer parte da tua ... 

Dói-me saber que perdi literalmente o amor da minha vida: Tu! Sei que nunca amei assim e que dificilmente me cruzarei com alguém que vá amar tanto, dar tanto e querer tanto.

Não fui a tua escolha. Não fui suficientemente boa, suficientemente capaz ou suficientemente qualquer coisa que te fizesse ficar, por aqui, comigo. Que te impedisse de ir. Que te impedisse de me deixar. Que te tirasse também a respiração por não me teres.Que te fizesse sentir o desespero, a angustia, a dor da falta, da perda ... mas não fui suficientemente ...

E aqui estou. Rezando para que cada dia passe depressa e que com ele me traga um pouco menos de dor, de amargura, de vazio ... 

Mas o vazio que deixaste em mim e por tudo onde passaste será difícil de encher ...

Apenas me resta desejar-te as maiores felicidades do Mundo. Que sejas verdadeiramente Feliz contigo e com a pessoa que escolheste para teres ao teu lado. Ela sim, terá aquela qualquer coisa que foi suficiente para te ter. Foi mais qualquer coisa que eu!

Amar-te-ei para sempre!

Adeus

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Reviravolta grande ...

... é como me sinto atualmente.

A minha vida encontra-se em processo crescente de mudanças, que arrancam literalmente com a minha mudança profissional e que terá como culminar as alterações na minha vida pessoal, onde se inclui a minha pessoa, my self, o meu ego, a mina relação com os outros, a mina relação comigo mesma, a minha relação com a minha filha e a minha relação ou futura relação com uma 3ª pessoa. 

Quanto à minha mudança profissional irei falar mais tarde. Apenas digo que era desejada há muito, que espero que me possibilite um descanso mental tremendo, uma tranquilidade necessária e merecida, um encaixe financeiro melhor (isto de ganhar 700€ não é para todos) e que obviamente me traga mais motivação e mais contentamento a trabalhar. Isto porque, felizmente, gosto muito do que faço. Acho que o faço bem, mesmo desmotivada e, meus amigos, é mesmo isso que gosto de fazer e que quero continuar a fazer, mais e melhor: trabalhar!!!!

Mudanças pessoais são sempre necessárias. Obviamente que a tranquilidade e a motivação irão ter influência na minha postura, na minha auto-confiança e mesmo no meu sossego interior. Mas preciso de mais mudanças. Preciso de saber fazer as minhas escolhas corretas, sem medos. Preciso de me dar ao respeito e me dar valor (na boca de um amigo que pelos vistos agora me considera com pouco respeito próprio, quem diria ...) e de tomar adequadamente as minas decisões.

E o que é que aprendo com este turbilhão em que ando ultimamente? Que sim, ando descompensada, em ponto de rebuçado, é um facto (humana que sou, hem!!!!!) e que muitas vezes me faz disparar para todos os lados, como forma de "despejar" literalmente as minhas angustias e frustrações; que me ajuda a libertar aquilo que para mim se torna cada vez mais difícil e de aceitar;  paralelamente, constituem gritos de ajuda, por um colo, um abraço, qualquer coisa que me acalme os ânimos, me afague a alma e me faça acreditar que, no fim vai tudo correr bem.

E quando olhamos para o lado, há procura desse colo, desse abraço, dessa qualquer coisa, desse afago, ele basicamente não está!!!! E aprendemos que sim, temos que ter coragem para fazer as escolhas corretas, as melhores escolhas para nós, aquelas que nos farão melhores pessoas, mais felizes e sobretudo mais orgulhosas de nós próprias! E que para isso é preciso sim, dar-mo-nos ao respeito, e dar-mo-nos o devido valor!!! Aquela coisa rara ...

E é isso que tenho realmente fazer. E para isso haverá pessoas que ficam e outras que deixarão literalmente de existir. Pelo menos no nosso Universo!