sexta-feira, 28 de março de 2014

Dias cinzentos ...

Adoro os textos que a Rita Leston escreve. Tenho seguido, lido com imensa atenção e confesso que vou selecionando alguns para uma pasta minha. Com a devida autorização e direitos de autor garantidos!
 
Gosto e identifico-me com o que ela escreve. Umas vezes mais do que outras. Até já troquei algumas palavras com a própria, principalmente felicitando-a pelo dom que tem, em transpor para palavras coisas tão profundas como sentimentos. Do mais simples até ao mais complexo.
 
Há dias que são pura coincidência. Leio e aquilo encaixa-se como uma luva. Uns pela positiva, outros nem tanto.
 
Hoje, foi apenas mais um de tantos ... e, achava eu, que até escrevia bem ...
 
Já deixei aqui alguns. Outros fizeram sentido enviar a alguém com quem gosto de partilhar, especialmente as coisas boas e especiais que vamos sentindo e que por vezes achamos que não temos as palavras certas para o demonstrar. Há sempre alguém que as tem ... melhor do que nós!
 
Hoje li este. E tocou-me ... porque realmente há dias em que nos apetece ir resgatar sorrisos e abraços, algures dentro de nós,  ou a alguém que tivesse essa capacidade de, livremente, nos oferecer os mesmos.  Porque sabemos que, em dias como os de hoje, nos confortavam um pouco mais e faziam destes dias, dias menos enublados ....
 
"Há dias que não são propriamente fáceis. Dias em que apetece ter sol que brilha lá fora, dentro de nós. Dias em que nos apetecia pedir emprestado um sorriso. Dias em que apetecia trazer um abraço connosco.

Há dias que não são de sol. Mesmo que o céu azul esteja lá por cima, há nuvens que pairam nas nossas ideias. Cinzentas, que nunca se sabe quando decidem molhar a face de quem as transporta.

Há dias assim. Enublados."

- Rita Leston -
"Está tudo bem?" - Não, não está. Faltas-me tu aqui. Falta-me um pedaço de mim. Faltam-me as linhas por onde vou escrevendo a vida. Falta-me a letra da minha música. Falta-me o cheiro dos dias. Faltam-me as cores do arco-irís que vejo pela janela. Falta que a chuva me molhe e que o sol me consiga aquecer.


 

 

 

 

 

 

 

 


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terça-feira, 18 de março de 2014

Sabor amargo ...

... que tive este Domingo quando, apesar de estar inscrita, decidi não ir à Meia-Maratona de Lisboa.
 
Quer dizer, decidi na última semana, não propriamente no dia.
 
Lembro-me que a minha 1ª Meia-Maratona realizei-a tinha eu uns 20 anos. Inscrevi-me nos 7Km e lá fui correndo ... quando dei por mim, tinha feito os 21Km ... entre corrida e caminhada, tinha passado a meta. Resultado corri 21Km e fiquei de cama quase em pré-internamento por esforço excessivo!
 
Há uns anos atrás, quando comecei a levar esta história da corrida mais a sério, fui fazendo as corridas. Lembro-me que o ano passado não a fiz porque calhava correr 25Km, integrados no treino para a Maratona de Madrid (aquela que não fiz porque me lesionei, lembram-se?????).
 
Nessa altura lembro-me de estar no meu pico de forma. Andei uns 3-4 fins de semana a fazer meias-maratonas, integradas nos treinos para a tal Maratona. Correr 21Km já se tornava natural ...
 
Este ano, após uma recuperação lenta, comecei a correr mais vezes e a aumentar a kilometragem ... fiz treinos de 10Km, 12Km e 15 Km. Fiz séries e treinos mais curtos. Tenho ido ao ginásio para fortalecer a parte muscular e ter melhor preparação ao nível das pernas, do core e do resto ...
 
Correr 21Km possivelmente corria. O facto de me sentir lenta, cansada e, confesso, desmotivada e sem força anímica (acreditem que isto de se correr 21Km necessita de algum esforço mental, preserverança, método e mais umas coisitas) foram os grandes fatores que me levaram a tomar a decisão. Acrescido com o facto de saber que iria piorar, em muito, o meu tempo aos 21Km ...
 
Depois, no dia, o sabor amargo de desistência; de pouca força de vontade; de pouca preserverança; de pouca capacidade de sacrifício; de alguma cobardia fizeram-me ter tido uma pena tremenda de, mais uma vez, ter tomado uma decisão errada!
 
Aqui fica a imagem do que foi e por onde eu poderia ter estado ...
 
 
 

domingo, 9 de março de 2014

E quando se fala de Amor Incondicional ...

... deve ser, com certeza, este!


... e encheu-me a alma!

Obrigada Bá ... Amo-te!

sexta-feira, 7 de março de 2014

Hoje sinto-me assim ... "pequenina"!

Os momentos que vivemos, de tão bom e intensos que são, sugam-me aquilo que sou, tornando-me "pequenina". "Pequenina" porque levaste contigo o que tenho de mim. "Pequenina" porque quando estamos os dois, dou-te aquilo que sou, o que tenho e o que não tenho de mim.
Dou-te porque quero-te cheio de mim. Quero que me leves, que me transportes contigo, na cabeça, no cheiro, no olhar e no sabor. No toque e sobretudo no coração ... quero-me aí contigo ... nem que para isso fique por aqui a modos que "pequenina". Porque quero-te cheio de mim ...
Foste, levaste-me contigo e deixaste-me aqui com saudades. Um enorme balão de saudades ... do colo, do abraço, do olhar, do silêncio e da palavra, da meiguice e do amor que me dás, em todos os minutos que estamos juntos ...
Hoje, "pequenina" que estou, a dormir numa cama tão grande ... que aumenta desproporcionalmente cada vez que te vejo sair. Vou perder-me nela, em espaço e em sonhos ... em sonhos connosco ou apenas em sonhos contigo. E sei que, qualquer um deles, vai tornar a cama mais pequena, mais cheia e mais quente. E nem que seja aí, sei que estarei a ver-te e a sentir-te!
Depois, vou alimentar-me dos cheiros que ficam, dos pensamentos que crescem e das memórias que criámos e que permanecem, dia após dia  ... e assim vou também "crescendo".
Vou "crescendo", até voltar a ser aquela mulher que estará à tua espera. Estará aqui para ti. Para ti e para tudo aquilo que vem contigo.  À espera de nos perdermos, outra vez, nos braços um do outro e de nos enchermos novamente de ti, de mim e de nós ... 
 

domingo, 2 de março de 2014

Carnaval ...

... não gosto e nunca gostei!
 
Acho que foram raras as vezes em que me mascarei (mesmo em criança).
 
Desde miúda que nunca achei muita graça a estas coisas de andar mascarada. Sempre tive a noção que existe muita gente que anda o ano todo (ou mesmo a vida) mascaracada! A tentar parecer aquilo que não é ... e isso, desde sempre, me revoltou!
 
O máximo que me lembro de achar graça, e sempre numa atitude de miúda reguila, era brincar com estalinhos, perto dos pés dos outros (especialmente das minhas irmãs). Mas digo ... tudo numa vertente de pura reguilice!!!!
 
Depois é ridículo o nosso Carnaval! Tentamos, mais uma vez, ir atrás do que os outros fazem, independentemente das tradições e condições climatéricas existentes. É ridículo vermos carros alegóricos com gajas semi-nuas a rapar um frio do caraças, com um sorriso forçado, como se estivessem num país tropical ... percebe-se perfeitamente que estão termicamente confortáveis!!!!
 
Não gosto ... mas respeito quem goste e desejo que se divirtam ... a valer! Desde que não me chateiem ...
 
 
Claro que, enquanto mãe, já mascarei a minha filha. E nessas alturas, senti alguma alegria, confesso ... Alegria especialmente por perceber o brilho nos olhos e o sorriso na sua cara. Sempre vestiu aquilo que pretendia. Tudo muito à volta de princesas e fadas e afins ... muita cor, asas e alguma magia ...
 
... magia! Acho que apenas as crianças conseguem sentir essa magia quando se mascaram. E isso, confesso, gosto de ver. Até porque acho que nunca senti ... 
 
O ano passado foi o último ano que se mascarou. A responsabilidade foi do pai que a transportou para as raízes do avô paterno...
 
Este ano já não houve máscaras, nem serpentinas nem papelinhos. Não por qualquer tipo de imposição minha. Apenas porque no Colégio já não é permitido (Thank God) e porque, no fundo, acho que já não deve achar muita graça. Não pediu qualquer acessório. Nem fez referência ao carnaval ...
 
Talvez como eu, goste de andar tal e qual como é! Sem qualquer tipo de máscara ...