segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Difícil que é ...

... e que está a ser.

Já passaram quase 3 semanas que tive que colocar um ponto final na minha história. 

Não daqueles pontos finais que queremos dar porque nos fartámos ou porque deixámos de gostar ou até porque sabemos que deixaram de gostar de nós. Mas daqueles que somos obrigados a fazê-lo. Obrigados a fazê-lo porque chega a uma altura em que nos temos de colocar em 1º lugar. Porque não podemos ser menos daquilo que merecemos ser. Porque temos de ter algum amor próprio, por muito que queiramos dar esse amor próprio a essa pessoa.  

Porém, todos os dias me questiono se fiz bem ou não. Se este sofrimento compensa. Se este grito de alerta, se este grito de desespero compensa esta sensação horrorosa de se perder alguém que se ama. De sabermos que muito dificilmente iremos amar assim outra vez. Que tudo o que virá a seguir ficará sempre aquém desta pessoa, desta relação e deste amor.

Todos os dias me questiono como será amanhã e rezo todos os dias para que a minha história tenha um final feliz. Vivo cada dia com uma vontade tremenda que o dia termine, para ser apenas mais 1 dia na minha vida e menos 1 dia de sofrimento. Por muito que seja injusta com quem já teve perdas maiores, a sensação que me assola diariamente é que ter abdicado deste amor é igual em sofrimento, ao ter-nos morrido alguém muito próximo, como um filho, um irmão ou um pai. É uma dor que nos corrói por dentro, que nos vai mutilando até sentirmos que já não temos nada. E vamos vivendo cada dia assim. Num automatismo constante, a cansarmos a cabeça e o corpo (há tanto tempo que não fazia desporto tantas vezes durante a semana), como se isso fosse um castigo, uma anestesia ou apenas uma forma de arranjar alguma coisa que nos distraia. 

Sou uma pessoa apaixonada pelas coisas, pela vida, pelas pessoas. Mas Amor assim foi apenas desta vez! Aquele amor que nos enche a alma e que sabemos e temos a certeza que é a pessoa com quem queremos passar o resto das nossas vidas. É aquele amor que nos impede de amar qualquer outra coisa ou alguém. E isto é para o bom e para o mal. Damos tudo porque amamos e porque queremos que a outra pessoa seja Feliz connosco. Se ela for feliz nós também o seremos. É aquela pessoa por quem nós sabemos que vale a pena fazer cedências; por quem vale a pena lutar; que nos sentimos bem a Amar e a ser Amados. 

E acordarmos todos os dias a saber que afinal não foi um pesadelo, que aquele lado da cama está vazio, que o cabide lá está, a abanar por falta de peso; que a prateleira está mais vazia; por sentirmos que o cheiro está a passar; que o espaço continua a estar vazio, vazio, vazio ... 

E sentir-me impotente por saber que aquilo que o futuro nos reserva aos 2 não depende de mim e que talvez nem passe por mim.  Sentir uma injustiça tremenda, sem perceber o que falta para eu ser a opção, a opção certa, a opção desejada ... sem perceber e dificilmente aceitar que pelos visto Amar só não basta!

E é assim que eu passo cada um dos meus dias ... 

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