domingo, 8 de março de 2015

Dia da Mulher ...

... poderia andar por aqui a escrever sobre o Dia da Mulher. Dia que, para muitas, ainda fará bastante sentido. Porque, para muitas Mulheres, o género ainda é um fator discriminatório. Eu pessoalmente não me sinto discriminada ao ponto de fazer disso uma luta. Já passei por situações que, por ser Mulher, as coisas tomaram um rumo que, para mim, foi pouco justo e até correto. Porém, tentei não ir abaixo e levantei a cabeça e continuei na minha "caminhada".

Mas hoje, sendo o Dia da Mulher, sinto necessidade de escrever sobre a Mulher que me tornei. E, especialmente hoje, sinto-me particularmente triste. Sinto que me tornei numa Mulher longe daquilo que gostaria ou até ambicionava. Lutadora sim, mas aquém do que gostaria de ser. Independente, mas demasiadamente dependente. Pouco forte. Fraca para tomar atitudes que sei, que nua primeira fase me trariam sofrimento, mas que, a médio prazo possivelmente me devolveriam um amor próprio perdido, uma felicidade roubada e uma liberdade escondida. Submissa a palavras que ferem, a palavras pouco justas, cruéis e que nos magoam no mais profundo da nossa alma. E que ficam por ali, a tornar todos os nossos dias um pouco mais amargos.

Hoje tenho pena do que sou. Tenho pena naquilo que me tornei e naquilo que deixei que me fizessem. E sinto que, hoje, não tenho força para combater, para ir à luta e recuperar tudo aquilo que era meu por direito. Aquilo que nasceu comigo e que compõe a minha verdadeira essência. 

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