sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Férias ...

... aquilo porque espero e aguardo o ano inteiro, não só para recarregar baterias mas para usufruir de um variado número de coisas que as férias têm o condão de me oferecer: liberdade; tempo; brincadeiras; namoros; abraços; carinhos; amonas; mergulhos; noites quentes; dias escaldantes; areia nos pés e o prazer de sentir a água salgada entrar por cada um dos poros da minha pele.

Por estas razões e mais algumas deveria estar aos pulos de contentamento. A verdade é que não estou. Estes últimos dias desta semana foram dos piores que tenho tido nos últimos anos. 

A tristeza instalou-se em mim como se tivesse uma corda ao pescoço. a respiração faz-se por picos: ou não consigo respirar ou hiperventilo! Tenho uma angustia crescente, que me tem acompanhado desde o 1º segundo da manhã ao último segundo da noite. Inclui o período de sono.

A verdade é que ninguém é obrigado a amar ninguém, nem fazer parte de vidas que não se quer e que se acha ou sente que não são nossas. Ninguém é de ninguém. A verdade pura e dura é essa. 

Confesso que me canso de amar desta maneira desmedida, verdadeira e límpida, desajeitada até...   confesso que dou tudo o que tenho e posso. Confesso que sei que dou demais. Dou até o que não podia. 

Depois vem sempre aquele dia, em que levamos com uma frase que desejamos sempre nunca ouvir. Verdades que se ouvem e nos custam a engolir e até a acreditar, que nos doem por dentro e por fora e que, em apenas 1 seg, arrasam com qualquer sonho que criámos e vivemos.

Confesso que adorava, nem que fosse uma vez na vida, ser amada da mesma forma e intensidade, com que Amo quando Amo ... de também por mim irem buscar a lua! 

Ninguém disse que a vida seria fácil ou sequer justa. Confesso que estou cansada de amar para nada! Confesso que estou cansada de ficar sozinha a apanhar tudo o que é pedaço de mim. Que a vida me vai "presenteando" com pedaços cada vez mais pequenos.

Sei que há vidas piores que as minhas. Mas também sei que há vidas bem melhores. Também sei que normalmente as coisas são ao contrário: quanto mais cabra e menos honesta mais se consegue. 

Eu, felizmente, não sou assim. Amo verdadeiramente quando Amo; Dou-me verdadeiramente quando quero dar; faço o impossível se mo pedirem. 

Agora resta-me apenas conformar-me com mais isto. Com a triste certeza que foi a pessoa que mais Amei até hoje. Que seria essa a pessoa com quem quereria estar, todos os dias da minha vida. Na saúde e na doença. Com 40 e com 80 anos. a sorrir e a babar ...

Mas a vida não quis assim! 

E é assim que vou de férias, vazia e triste ... sem sonhos. Desta vez apenas vou. 




PS: acho que também por aqui vou de férias ... quem sabe um dia não volto!

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