segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Viagem

Nestes últimos tempos tenho tentado traçar um caminho que pretendo percorrer até alcançar o meu destino. Nesse caminho, vou ter muitas subidas, muitos ventos a empurrarem-me para trás, algumas dúvidas no sentido que devo percorrer. Acredito que a seguir às subidas, terei sempre ou quase sempre uma descida que me irá dar fôlego e alento para continuar. Acredito que a seguir aos ventos venha a bonança e que entre tantas dúvidas terei algumas certezas. Sei que vou cair e desejo ter a capacidade e coragem para após cada queda me conseguir erguer e continuar.
Sei o que não quero. Como sei o que quero.
Quero resgatar em mim uma série de carácteristicas que me lembro já ter tido e que algumas pessoas, as minhas pessoas, dizem ver em mim.
De todas as características que me lembro ter, a alegria nos olhos, o riso fácil, a disponibilidade constante em dar, e uma vontade imensurável de ser feliz, são aquelas que preciso urgentemente  resgatar. Normalmente e possivelmente centrava-me nos outros para que estas características vivessem. Mas nunca soube que não era nos outros que eu tinha que as ir buscar. Era na única pessoa em quem eu nunca me centrei, me foquei e acreditei. Eu mesma!
Sou eu que tenho de ser a 1a pessoa a amar-me incondicionalmente. A respeitar-me. A respeitar a minha essência, os meus princípios e as minhas características. As boas e as menos boas. Só assim conseguirei ter a paz que tanto preciso e nunca tive, a calma que nunca soube gerir porque tudo  em mim era turbulento, o silêncio que os meus gritos de procura nunca me deixaram ouvir e sim, finalmente a felicidade que tanto desejei. A minha felicidade!
Acredito que vá ser duro. Sei que muitas vezes vou deixar de acreditar. Mas também sei que as minhas verdadeiras pessoas vão estar em cada subida, em cada desiquilibrio e em cada queda que eu der. E só espero ter a capacidade de acreditar em mim, metade do que sei que elas acreditam. 

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