sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Carnaval ...

... quem me conhece é conhecedor da minha antipatia por esta época Carnavalesca.
 
Nunca gostei (nem quando era criança) e não gosto.
 
Lembro-me de me ter mascarado uma vez em criança (Dama Antiga, o clássico) e outra, no início da minha adultícia (freira, mas de vestes bastante curtas).
 
Das poucas coisas que me lembro de gostar do Carnaval foram os estalinhos e as bombinhas, mais numa ótica de colocar, em estado de rebuçado, a minha irmã mais velha. Como qualquer irmã mais velha que se preze, cada vez que eu começava, na cozinha, a atirar com estalinhos e bombinhas, estava lançada a confusão. O gozo que me dava ... mas pronto eu era assim ... a modos que rebelde!
 
Enfim, tempos destes passados, a verdade é que nunca achei graça ao Carnaval. Para mim, há demasiadas pessoas a andar, o ano inteiro, mascaradas de algo que não são e que pretendem ser. Não tenho saco!
 
Porém, e desde que fui mãe, que remédio tive eu em aceitar as máscaras de Carnaval; o arraial de serpentinas e papelinhos que, verdade seja dita, acabam por produzir um efeito engraçado em qualquer ponto onde sejam largados (desde que esse lugar não seja lá por casa, claro!).
 
Comecei a mascarar a Bá com 2 aninhos, no Colégio. Cada ano cada máscara. Umas, mais ou menos pirosas que outras. Mas o gosto que dá ver aqueles olhinhos a vibrar, dentro de uma qualquer fantasia, superam qualquer veleidade em ser coerente com os meus princípios. E no fundo, também eu, acabo por "vibrar" com aquele dia e aquele momento em que ela, veste uma outra pele e se deixa ir na imaginação de uma qualquer personagem.
 
Hoje, último ano no Colégio, neste Colégio, foi de Indiana. Não de Sari mas numa outra veste (não sei o nome, visto que foi o pai que lhe comprou a roupa) típica de uma qualquer região da Índia.
 
Foi ela que pediu e fez força para ir mascarada de Indiana. O pai, com quem ela está esta semana e, nessa sequência, quem a ia arranjar, lá arranjou tudo.
 
Eu já estava no Colégio pelas 8:50 da manhã. Ela lá chegou pelas 09:00. Entre o amargo na alma de, pela 1ª vez, não ter participado nesta ritual, juntava-se uma vontade imensa de vê-la. A curiosidade era imensa e a vontade de colmatar esta ausência com um abraço era tremenda! Confesso que não participar neste ritual tão nosso me custou horrores...
 
O resultado foi este (sim já reparei que as fotografias não estão direitas, mas não sei o que se passou sim?).


 
 Mas o que verdadeiramente gostei, foi do Abraço que me deu, acompanhado de um sorriso ternurento, quando entrou no Colégio e me viu, ali quieta, apenas à sua espera ...

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