sexta-feira, 20 de junho de 2014

Para mim, qualquer tipo de letra serviria ...

Mais um texto da Rita Leston, que se encaixa na perfeição ...

"Arial, 15. Letra simples, suficientemente grande para ser lida. Num fundo preto e pintadas a branco. Legendas.
Devíamos todos vir com legendagem incorporada. Umas letrinhas que passassem em rodapé para percebermos tudo aquilo que não nos dizem.
Ou que nós próprios calamos...

...
Gostamos que os outros falem, que nos expliquem tudo aquilo que sentem lá no fundo e desejam no seu eu mais secreto.
Aquilo que os irrita profundamente e aquilo que decididamente não gostam.~
Qeremos saber de cor o outro.
Mas poucos são os que se abrem dessa forma...

Esperamos que nos entendam quando temos atitudes contraditórias, que nos adivinhem o pensamento que calamos, que percebam quando amamos, que quando fugimos é quando queremos que venham atrás de nós.
Que quando dizemos que estamos bem precisamos de um abraço e afinal que quando dizemos ser cansaço estamos só tristes.
Enquanto não for inventada legendagem portátil, não podemos esperar que nos entendam no silêncio. Afinal, quantos conseguem entender-nos se nos mantivermos calados?
O que ganhamos se esperarmos a vida toda que o outro lado fale e se abra?
Falem!

Pode correr mal? Pois pode: mas pode ser assim que se ganha o Mundo!"

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