domingo, 26 de outubro de 2014

A culpa é das estrelas ...

Hoje decidi ver este filme, que também é livro e que eu, confesso, já ansiava  ver.

Sabia um pouco sobre a história e andava a preparar-me para ter coragem de o ver, tentando aguentar as minhas emoções ao máximo. Sim, sou de lágrima fácil ...

É quase impossível estar a ver o filme e não sentir as lágrimas caírem pela cara, de forma contínua. São lágrimas grossas, como eu costumo chamar. Cheias de tudo aquilo que nos toca e nos coloca a pensar. No final é um aperto que se sente cá dentro e uma sensação de injustiça e de ingratidão tremenda. Sobretudo da nossa ingratidão. Porque quando temos tudo, sobretudo, tempo e saúde, não temos a capacidade de os valorizar. Porque damo-los como garantidos.  Sem sequer sermos humildes o suficiente para colocar a ínfima hipótese que isto do tempo é relativo. Temos tempo até o deixarmos de ter. E esta realidade abrupta pode mudar em apenas 1 seg.

O tempo não anda para trás, nunca andou nem nunca vai andar. O tempo só nos impele para a frente, para um tempo normalmente indefinido e, para muitos, infinito. E não o é. E nós acabamos por desperdiçar muitos minutos do nosso tempo, sem termos a noção que, para nós, para o comum dos mortais, o nosso tempo é finito.

E as pessoas que, por algum infortúnio, deixam de ter esse tempo tão ilimitado e já tão finito, dão-nos lições de vida tremenda. Na forma como olham e vivem cada dia e cada minuto que têm. Porque esses sim, sabem que esse minuto, é menos um minuto da sua vida, tão limitada de tempo. E aproveitam da forma que conseguem.

E tudo o que vivem, sentem como uma dádiva. E saboreiam, cada minuto, cada momento, sem filtros, sem grandes problemáticas, mas com a certeza que, se o tempo deles acabar no segundo seguinte, não deixaram de fazer, de sentir e principalmente de viver aquilo que a vida lhes ofereceu.

E nós por cá, com um tempo sentido como infinito, vamos perdendo dádivas e oportunidades que a vida vai colocando no nosso caminho. Agarrá-los ou não, depende da humildade que temos, em saber se queremos e se fazemos tudo para sermos realmente felizes. Enquanto o tempo nos deixar ... 




Sem comentários:

Enviar um comentário