quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Gosto tanto de dar ...

"Mimo é aquela coisa pequenina que nos faz sentir suficientemente grandes para enfrentar as mediocridades do dia a dia. É o carinho inocente, livre de complicações e pronto a servir a quem precisa. É o modo português de dar uma volta à infância. Os homens ficam meninos, as mulheres ficam meninas e as vozes mais grossas e mais graves transformam-se em vozes “tiqui-tiqui” ...e “mini-mini”. O mimo implica fingir ter-se pena de quem não faz pena nenhuma. A pena verdadeira ofende. A pena do mimo defende. O mimo são blandícias que se dão a quem, no fundo, não precisa delas. As pessoas desiludidas não querem o mimo para nada – querem é melhorias, precisam de obras. O mimo não é obra, é quanto muito uma demão. É o repouso do guerreiro. É o cambio de extremos e de branduras entre dois actores que se sentem tão seguros com os seus papeis que os podem trocar sem fazer confusões. O mimo é uma bichinha-gata entre pessoas, encenada em particular."
MEC
 
... mas gosto muito (e preciso tanto) de receber ...
 
 

Sem comentários:

Enviar um comentário