quarta-feira, 15 de julho de 2009

E foi assim....


Sabia que ia ser um dia difícil. Especialmente para ela pq não acha mta graça a ir ter com a J. Estava preparada para tb ser difícil para mim. Naturalmente o q é difícil para os nossos filhos se torna difícil para nós tb. Ouvi coisas que me arrasaram. Não propriamente da J até pq a J acaba por me ajudar. Mas ouvi coisas contra as quais é complicado lutar . São aquelas coisas a que habitualmente chamamos batalhas perdidas. E tenho algumas. Infelizmente mas tenho. O pior e mais desgastante é sentir q em certas coisas estamos sozinhos no barco (mesmo que o barco seja feito para 2) e mts vezes estou a remar contra a corrente. E há alturas que a corrente é muito forte. Bastante forte mesmo.


Dps houve momentos para mimos. Como se sentisse q teria de pedir desculpa. Mas desculpas sou eu q devo pedir. Sp q errar. Sp q não conseguir ser a mãe q desejo e a mãe q a B merece. Depois cada uma seguiu caminhos diferentes. A B para junto dos amigos para descomprimir. Nada melhor q a semana da Musica, para o efeito. A M para o trabalho. E para reuniões e planeamento de outras reuniões (afinal de vez em qd trabalha-se por estas bandas). Depois a correria de a ir buscar. As horas q o meu relógio marcava qd sai do escritório fizeram-me literalmente voar para Lisboa num contra-relógio. Logo hoje não poderia chegar tarde.


Dps foi o regresso. A birra tremenda porque me dirigia para a garagem de casa. Os gritos e pontapés eram muitos e altos. Dps foi a birra do carro para o elevador - ok, pegar em 17kg dps de um dia destes não seria muito mal. Dps outra birra, e outra, e outra. Sp com a mãe na ponta da língua. Eu q estava ali tão perto, a menos de 1m parecia que tinha ido para o Iraque. Colo, colo e mais colo. Manter a calma para a calma transmitir. E foi assim que fiz. E foi assim até ao jantar. E foi assim até ao deitar. E o deitar foi novamente função da M. Mais uma vez. Tal como as outras vezes. Tal como vão ser as vezes a seguir.

No fim tive 1 recompenss: a B, sem eu tocar no assunto (juro por tudo o q é mais sagrado) pediu-me desculpa e perguntou-me se todos os gritos, pontapés e choro eram cansativos? Q sabia que era chato. E a seguir com as suas mãozinhas abraçou-me a cara e disse-me Adoro-te Mãe. Como foi bom ouvir estas palavras. Como foi bom ter noção que afinal eles tb se apercebem das coisas. Como foi bom ter noção que afinal, no fundo, eles sabem que nem sempre é fácil. Nem para eles e nem para nós. Eu apenas lhe respondi q sim, q é cansativo, q é chato mas q hoje tinha sido um dia especial. Apesar de tudo as mães existem para isso e gostam sp e incondicionalmente.
Hoje sei que fui uma mãe adequada!

Adoro-te filha e um Muito Obrigada


4 comentários:

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  2. que linda, ela no fundo sabe, sabe que te irrita, que te cansa com as birras e tu sabes que isso tudo são chamadas de atenção. nem todos os dias terás a calma que tiveste hoje, porque todos temos dias bons e maus. mas pelo menos sabes que esse é o caminho.

    outro caminho que tb resulta é o humor. é tentar arranjar uma piadinha ou uma coisa tonta que a desarme logo logo que está a começar uma birra ou uma chamada de atenção. com a Joana funciona muito bem. e tu tens um sentido de humor apuradíssimo, vais de certeza arranjar uma coisa maluca para dizer numa altura dessas.

    e tentar teres um ritual qq só vosso, por ex na hora do deitar e ela perceber q depois desse ritual, é hora de dormir. com as minhas neste momento (pq os rituais vão mudando) é dizermos comidas que gostamos e que não gostamos.lol "eu gosto de chocolates, morangos com chantili e tapioca. eu não gosto de bifes com gordura, pimenta e pimento, cerveja e gelados". houve uma altura em que me deitava com elas e diziam 2 coisas muito boas desse dia e 2 coisas menos boas. conversávamos um bocadinho sobre isso e depois já sabiam q era hora de dormir. qq coisa que torne a separação mais previsível e lhe dê qq coisa para ela ficar a pensar a seguir.

    eles precisam de se sentir ouvidos, e de sentir que quando estamos, estamos mesmo. e de sentir que nós os vemos. e isso muitas vezes não é fácil, porque qd as estou a deitar mtas vezes já só me apetece ir para o sofá ver televisão e desligar ou ir fazer qq coisa e portanto já estou com um pé ali e outra acolá e elas sentem qd as deito com este espírito e a coisa não corre tão bem. se me dedicar aquele bocadinho mais a elas (apesar de já nos dedicarmos as outras tantas horas por dia!!)a coisa corre bem melhor.

    tudo vai correr bem, agora nas férias o ritmo acalma e vão estar mais descontraídas. vêm do Algarve renovadas : )

    beijinho enorme,
    Inês

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  3. Pois é. Acho q tem de ser mesmo assim. Com humor e mta paciência. Vamos tentar. E sobretudo não andar stressada com horários, e arrumações e tudo o resto.
    Não é fácil pq a minha natureza é essa mas vamos tentar. Juro q vou e espero honestamente conseguir.
    Obrigada mais uma vez e um bj gd

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  4. pois mas não é de repente esquecer as regras e abandalhar. é ser se calhar mais tolerante com algumas coisas, não ser demasiado exigente e principalmente manter a calma. digo eu que sou um nervinho em pessoa. mas estou a melhorar, às vezes até fico espantada como tudo corre mesmo tão bem quando me esforço para não me passar. claro que vais conseguir. beijinhos

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