.... e pronto....foi isto que se deu no Haiti.
Os sismos são daquelas catástrofes naturais que, para além de meterem respeito, fazem-me tremer (a mim também) dos pés à cabeça.
A sensação de estar enclausurada, por baixo de escombros e escombros na verdade aterroriza-me. Talvez seja por isso que, desde pequena, tenho um esquema mental sobre "o que fazer quando acontecer!". Talvez pela minha profissão me obrigar a pensar e planear muitos cenários destes, julgue que estou minimamente preparada para. Mas será que estou?????? No fundo, sei que não......
Os sismos são fenómenos que, quando se dão a valer, deixam um rasto de destruição enorme, devastador, mortal, enfim.....um inferno. Agora podemos ver pelas centenas de imagens que passa e passam na TV o rasto disso mesmo. Milhares de mortos; milhares de feridos; milhares de desaparecidos e uma cidade completamente destruída. Ruínas, escombros e um cenário dantesco de mulheres, crianças e homens a tentar escapar, a tentar sobreviver, a tentar no fundo perceber. Até porque o Haiti no último ano também sofreu os horrores de outra catástrofe natural - os tufões!!!!! Enfim, parece que a natureza está zangada com aquela pequena ilha, ou melhor, parte dela.
De tudo, o que me faz pior é, na realidade, ver crianças feridas ou mesmo estendidas no chão sem qualquer capacidade de resposta. Muitas delas mortas ou no caminho para a morte. Vidas que em segundos se vão, de forma grotesca e sem qualquer tipo de explicação. Os olhares e as mãos a pedir algum socorro, algum apoio, alguma ajuda.....
Mas Graças a Deus que ainda existem países e organizações que têm essa capacidade de ajudar. Ajudar prontamente, directa e eficazmente. Parece que só nestas crises sociais e humanas as pessoas conseguem ir buscar e dar o melhor que têm dentro de si.
Enfim, uma realidade que espero nunca ter que viver. Uma realidade que não depende de nós e que anda por aí, bem por baixo dos nossos pés. Chamam-lhe a natureza!!!!! Espero que ela seja bem mais benevolente comigo e com os meus. Até com todos, apesar de achar que isso é quase impossível.
Para já é uma dor que fica. Distante mas existente. E com ela um medo terrível de um dia poder ter de passar por ela!!!
E dá uma vontade de apanhar um avião e ir para lá dar o litro. Aprender o que é sobreviver em condições realmente adversas. Que experiência!
ResponderEliminarIsabel